O objetivo mais importante de grande parte do que comunicamos internamente – cultura, compliance, wellness, diversidade, gestão de desempenho – é ou deveria ser transformar comportamentos.
Em um mundo pós-Covid em que trabalharemos, cada vez mais separados, conquistar este objetivo é um desafio ainda maior.
É aí que entra o uso da gamificação nas atividades de comunicação. Com perdão do trocadilho óbvio, gamificação é o game changer da Comunicação Interna pós-Covid.
Para os mais céticos, vale deixar claro desde já que a ideia não é transformar a empresa em um console de PlayStation, longe disso.
Gamificar não quer dizer criar games para tudo. Não quer dizer parar de fazer townhalls, roadshows, workshops, kits de comunicação via liderança, canais ou campanhas. Tudo isso continua sendo importante. O que propomos é aplicar a ciência que torna os games irresistíveis nas ferramentas de Comunicação Interna que existem desde sempre.
Tomemos como exemplo a comunicação de uma nova estratégia organizacional.
Sem gamificação é comum que as empresas utilizem a forma mais cruel de tortura corporativa: o Powerpoint interminável.
Em algumas ocasiões, percebemos um esforço para gerar diálogo, porém é comum que participem apenas os mais motivados.
No final das contas, a maioria pouco lembra o que foi dito – as pesquisas mostram que de 20 slides retemos apenas o conteúdo de 4. E, as mudanças de comportamento, caem no esquecimento.
A junção de tecnologia com mecanismos de psicologia produz a alquimia perfeita da motivação positiva: o ingrediente fundamental para uma transformação comportamental acontecer.
Quando jogamos um jogo entramos em um ambiente em que a recompensa passa ser um objetivo importante. A mera possibilidade de ganhar prêmios em si, já faz com que as células do cérebro produzam dopamina, o hormônio que estimula a motivação. Esta poderosa droga também ativa a transformação comportamental, a memória e o aprendizado – além de dar uma sensação de prazer e de positividade.
Em seguida, entra em cena a serotonina, o hormônio que nos faz sentir queridos e necessários. Os neurocientistas afirmam que os dois hormônios são produzidos quando jogamos games.
Quando adicionamos tecnologia a tudo isso, digitalizamos a motivação. É possível visualizar, em tempo real, as brincadeiras e as contribuições que são dadas para os conteúdos. É possível assistir o engajamento das pessoas com transformação de comportamentos.
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